Criei este blog com a finalidade de tornar públicas minhas idéias, compartilhando meus escritos com todos quantos acreditam que a educação pode contribuir para a construção de uma grande nação. Sejam benvindos.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Esses são os meus lindinhos!!
sábado, 20 de novembro de 2010
Prova São Paulo 2010 - Aguenta coração! (2)
CENA II - 8ª SÉRIE A - 10/11/2010
De volta a arena da Prova São Paulo para a etapa final. Serão mais 4 baterias de 35 minutos cada. Mais uma vez nos deparamos com a situação de se ter que concluir a prova em um tempo tão longo.
Às 15:10 horas alguns já estavam no questionário sócio-econômico (caso do “Malaquias”). Observar a prova de matemática de hoje é reafirmar a constatação de que não se pretende avaliar proficiência alguma.
O que me surpreende e intriga ainda mais ao observar este processo é o fato de os competidores se sujeitarem a este tipo de certame sem nenhum questionamento. Alguns até percebem o absurdo do processo todo expresso na futilidade das questões ali impressas, porém não esboçam nenhuma reação, nenhuma resistência ao objeto, antes, se submetem ao suposto instrumento de avaliação passivamente, candidamente. É como se tal situação fosse a mais natural deste mundo. Penso que não é. A prova lhes confere um belo e autêntico atestado de burrice e eles , pobres competidores, recebem o título com um alegria inenarrável.
Epa! Neste instante me ocorreu a seguinte hipótese: E se o objetivo da prova seja na verdade uma espécie de anamnese, um instrumento para diagnosticar algum distúrbio neurológico, alguma psicopatologia do estudante. Então, na verdade, estariam fazendo um levantamento acerca de quantos doidos temos hoje nas escolas municipais.
As EMEF’s vão virar hospícios e os cuidadores serão os professores. Como a maioria destes já estão doidos de pedra também, tratar – se - à apenas de se unir o “inútil ao desagradável”.
Com isso se economizará bom dinheiro com internações hospitalares e as decorrências de tão oneroso processo. As EMEF’s se transformarão em “hospitais – dia” !!! e ainda contribuirão para o equilíbrio das contas da saúde impedindo assim que seja ressuscitada a mal – afamada CPMF.
É ou não é o autêntico “samba do crioulo doido”? ou como disse o Tiririca: “Pior do que está não fica! Fica... ...Ah! Se fica !!?
Carlos Augusto Ferreira Sacramento
é Prof. Ens. Fund.II e Médio – Geografia e História
e atende alunos do ensino fundamental e E.J.A. no
CEU EMEF Manoel Vieira de Queiroz Filho - Parelheiros
DRE Capela do Socorro - São Paulo – SP
Prova São Paulo 2010 - Aguenta coração! (1)
CENA I - 6ª SÉRIE B - 09/11/2010
São 14:50 e é dada a largada. Lá se vão os estudantes rumo a mais uma maratona externa de conhecimento. São 36 quilômetros de questões divididos em 4 baterias de 9 questionamentos cada.
Diferentemente das competições a que estamos acostumados, nesta prova os competidores devem chegar ao final de cada bateria em exatos 51 e ½ minutos. E é aí quem reside o problema, pois o grande desafio é se conseguir demorar tanto tempo para resolver questões tão medíocres.
Se considerarmos que estas avaliações tem como principal objetivo aferir a competência leitora e escritora dos competidores, fica mais do que clara a impressão de que está por detrás disto um mascaramento da realidade, pois um desempenho satisfatório dos competidores certamente jogarão os índices de escolarização de nossos aprendentes lá para o alto. Uma baita de uma farsa! É ou não é?
Tive a oportunidade de examinar algumas produções de texto elaboradas pelos examinados e posso garantir que a gramática definitivamente foi para o brejo. Caiu junto com a última reforma ortográfica. Estou indignado e ao mesmo tempo intrigado: Se avaliações como estas superfaturarem os índices de aproveitamento escolar, jogando na mídia a informação de que os estudantes da rede municipal estão aprendendo mais e melhor, como ficará aquele discurso recorrente que afirma a falência do ensino público e o despreparo do professor no seu fazer cotidiano?
Carlos Augusto Ferreira Sacramento
é Prof. Ens. Fund.II e Médio – Geografia e História
e atende alunos do ensino fundamental e E.J.A. no
CEU EMEF Manoel Vieira de Queiroz Filho - Parelheiros
DRE Capela do SocorroSão Paulo – SP
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Valeu Profe !!!
sábado, 21 de agosto de 2010
Posso apagar?
(Tirinha do Laerte publicado na Folha de São Paulo)
Posso apagar?
é quase um mantra!
- "Professor, posso apagar a lousa?"
A resposta à replicante pergunta
varia conforme o dia,
Varia conforme o contexto,
A resposta varia conforme o texto.
Uma dúvida assoma todo o meu ser,
Por que apagar a lousa?
- Será que é para apagar a aula?
- Será que é para apagar a Escola?
- Será que é para apagar o professor?
Apagar ... , Apagar... ,
- Posso apagar? ... - NÃO!
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Professor Popstar
Dia destes revendo algumas cenas do filme Escola da Vida, parei um pouco para refletir acerca dos possíveis propósitos desses filmes que abordam o cotidiano escolar.
O que me chamou a atenção foi o fato de que sempre que surge um filme assim, pensa-se logo em exibí-lo para uma equipe de professores que sugere a exibição dos mesmos para os aprendentes. Parte-se da premissa de que estes filmes tem o poder de estimular nos estudantes – e por que não dizer nos educadores também -, a expectativa de mudanças de atitudes em relação à escola e a aprendizagem. O tema é sempre recorrente: alunos “indisciplinados”, desmotivados, freqüentando escolas caindo aos pedaços, pixadas, depredadas, tendo aulas medíocres (ou pouco interessantes) ministradas por um grupo de professores decrépitos e que, graças à sagacidade, carisma, criatividade e empenho profissional de um professor "popstar", são miraculosamente “transformados” em heróis, campeões da disciplina e aplicação aos estudos.
Foi justamente aí que comecei a ficar intrigado pois, ao contrastar a ficção com a realidade das nossas escolas. Estes filmes tendem a romantizar o ambiente escolar e a prática docente, transformando – a num conto de fadas, cujo final é um “...e viveram felizes para sempre.” A tendência é acreditar que se o professor for “diferente” o estudante vai mudar. A mídia deu um nome novo para este romantismo da prática docente, chamou – a de: criatividade. O professor bom é aquele professor criativo. Freqüentei uma universidade considerada a melhor da América Latina, assisti aulas com professores excelentes, mas não vi por lá criatividade no sentido que é veiculada por aí. O que será que ela tinha para atrair 150.000 inscritos concorrendo a 8.000 vagas? Com certeza não era a criatividade dos professores que estava atraindo tanta gente pra lá. Mas isto é papo pra outro texto. Vamos voltar pros filmes dos professores “ídolos”.
Será que os professores do mundo fora das telas conseguem tal proeza? Filmes tais como: Ao mestre com carinho; Adorável Professor; Os coristas; Mudança de hábito 1 e 2; Escola da Vida; Entre os muros da Escola; entre outros, todos eles sem exceção mostram a superação do mestre ante o marasmo e a mesmice das aulas. Acredito que a quase totalidade dos professores (e quem sabe os estudantes também) já assistiram ao menos um desses “clássicos”, no entanto não conheço nenhuma escola que tenha resolvido seus inúmeros problemas pedagógicos, administrativos e estruturais através da intervenção miraculosa do professor “popstar”; fosse ele o Sr. “D” (Escola da Vida), “Sister Mary Clarence” Mudança de Hábito 1 e 2), ou o “Professor Raimundo Nonato” da Escolinha do Professor Raimundo.
Outro ponto inquietante nestes filmes é a dinâmica da escola. Por mais “periféricas” – se é que são mesmo da periferia -, que possam parecer os estudantes circulam pelos espaços escolares, realizam atividades fora da sala de aula, vão a museus, teatros. As instalações físicas das escolas contam com anfiteatros, laboratórios de ciências, salas temáticas, etc.
Mas, e as escolas reais? São pensadas para favorecer tais atividades? Existe uma cultura verdadeiramente educativa (ou educacional) que tenha como prioridade tais práticas? Tais intervenções? Ou tudo isto é só parte da retórica? Ou quem sabe... Não seriam os professores reais (não aqueles do cinema) “popstars” a quem falta apenas um bom empresário e um bom palco?
Carlos Augusto Ferreira Sacramento
é Prof. Ens. Fund.II e Médio – Geografia e História
e atende alunos do ensino fundamental e E.J.A. no
CEU EMEF Manoel Vieira de Queiroz Filho - Parelheiros
DRE Capela do Socorro - São Paulo – SP
domingo, 15 de agosto de 2010
Love is in the air
Grécia, ano 64 da era cristã; Capítulo 14, verso 1
Basta correr os olhos sobre as páginas dos jornais, ou assistir os noticiários na TV ou ouvi-los nas emissoras de rádio para constatar que o amor, o romance, aquele “quê” que inspirava os homens comuns a enaltecerem suas musas virou coisa de antologias poéticas ou contos de fadas,
As mulheres antes comparadas às flores em suas múltiplas formas e odores tornaram-se alvo da repulsa, barbárie, grosserias e agressões por parte do sexo oposto. É custoso entender a contradição, senão vejamos: Como e possível que o outrora objeto de inspiração de poetas, romancistas, compositores e assunto das rodas de conversa do sexo forte possam agora serem tratadas a toque de xingamentos, tapas, pontapés, tiros, golpes de machado, facão, esquartejadas e lançadas aos cães para serem por eles comidas?
Nas poucas prosas que circulam por aí, vemos as mulheres sendo tratadas como cachorras, safadas, melancias, morangos, jacas, etc. As flores viraram frutas. Ao vê-las tratadas assim custa-me acreditar que os tais que assim procedem gostam mesmo de mulher. Aliás fica difícil até acreditar que tenham nascidos de uma. Mas, enfim.
Talvez o apóstolo Paulo já antevisse esta catástrofe ao escrever em capítulos anteriores do livro citado acima, quando ali escreve que “bom seria que o homem não tocasse em mulher”, pois ao ver multiplicarem-se pelo mundo afora os “mizaels” e os “brunos”, fico a perguntar: “ Is Love in the air yet?” Existe ainda lugar para o amor escrito por Paulo lá em I Coríntios, diante de tanta barbárie? Torço para que se multipliquem as vozes que digam SIM. Que digam que ao buscar em Deus a resposta a minha pergunta acabaram por achar o mais excelente dos dons: O AMOR.
é Professor de Geografia e História da Rede Municipal de Ensino
na Cidade de São Paulo
É tempo de votar. Que tal ousar?
Estamos novamente em ano de pleito eleitoral. E pra não fugir do convencional teremos: horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, Cartazes nos postes da cidade, Faixas em tudo quanto é cruzamento, Nomes dos “seus” candidatos pintados em tudo quanto é muro branco da cidade, pela rua agitando bandeiras em tudo quanto é semáforo da cidade. O T.S.E. fará campanha conclamando os brasileiros a exercerem sua cidadania, regularizando sua situação na justiça eleitoral para comparecer às urnas.
E é aí que o bicho sempre pega! Como podemos dizer que é “nosso” – os candidatos -, algo que nem sequer conhecemos de fato e de quem também não somos nem um pouco conhecidos. Como estabelecer um vinculo, uma relação de cumplicidade com seres tão etéreos, que só surgem de quatro em quatro anos querendo nosso aval a qualquer preço. E bota preço nisso. Tenho gravado uma reportagem da TV Bandeirantes do ano 2000 em que um analista previa um custo da ordem de R$ 5 milhões para eleger um vereador da capital paulista. Já imaginou hoje quanto isto vai custar?
Os nomes desses objetos que os brasileiros deverão transformar em “seus” candidatos sempre se repetem eleições após eleições desde “um mil e quinhentos e guaraná com rolha”. Assim pensei que o povo bem podia ousar!!!. Chutar o balde!!!. Buscar outros objetos eleitoráveis. Poder–se–ia por exemplo: Votar nos objetos últimos colocados nas pesquisas de intenção de votos. Afinal, propostas por propostas, no final todas elas são a mesma coisa.
A renovação ficaria por conta dos critérios para eleger Senadores, Deputados e Vereadores. Estes devem obrigatoriamente ter menos de 30 anos de idade e formação superior completa nas áreas de filosofia, letras, História, Geografia. A pós graduação deve ser em Gestão de pessoal (R.H.), Logística, e áreas relacionadas à Pedagogia.
O importante mesmo é retirar definitivamente das esferas do governo os “governadores-gerais”, os membros da “monarquia invisível” que tem (des)governado este país, passando o bastão do poder de “pai pra filho desde aqueles ‘1500’ citados acima”.
E aí? Vamos ousar? Faça alguma coisa diferente com o “seu” voto.
CARLOS AUGUSTO FERREIRA SACRAMENTO
Professor Ens.Fund. II e Médio da EMEF CEU PROF. MANOEL VIEIRA DE QUEIROZ FILHO
quarta-feira, 14 de julho de 2010
"O Brasil precisa parar com essa bobagem de querer ser país de Primeiro Mundo, o que o Brasil precisa é ser uma grande nação, e uma grande nação é aquela que cuida de seu povo"
Milton Santos - Geógrafo em entrevista a Bóris Casoy na TV Record em 18/04/2000.
Quero começar postando esse texto que produzi já a algum tempo sobre a forma como a educação é tratada pela mídia em nosso país.
Com relação ao editorial publicado na Folha de São Paulo de 13 de Novembro de 2007. – “Salários baixos, não justifica …”. Com certeza cabe tecer algumas considerações. E a primeira delas creio ser a seguinte:
Para que qualquer atividade profissional possa ser bem desempenhada são necessários alguns pré-requisitos básicos, tais como: I) As condições de trabalho – que se não as ideais -, devem ser pelo menos próximas destas; II) Uma remuneração compatível com a qualificação do profissional bem como o grau de importância daquela atividade para a sociedade; III) Uma constante preocupação com o aperfeiçoamento da atividade desenvolvida, tanto por parte do profissional, quanto por parte que se serve da sua mão – de – obra; IV) Um programa de valorização deste profissional que o estimule a buscar sempre uma melhoria na sua performance profissional.
A segunda consideração tão importante quanto a primeira trata-se de uma interrogação. - Considerando-se o modelo sócio-econômico adotado pelo governo brasileiro cujo eixo central gira em torno das idéias neo-liberais de gestão da coisa pública, pergunto “A quem interessa de fato um ensino público de qualidade?” Sem uma resposta honesta e verdadeira para esta pergunta é impossível falar de educação neste país.
Esta questão das faltas já se tornou tema recorrente nos meios de comunicação e no discurso dos “gestores” da educação pública em nosso país. Na verdade essa questão das faltas de professores se tornou o bode expiatório criado pelos “inventores” da educação pública dos últimos anos e muito bem alimentado pelos meios de comunicação e pela intelectualidade que já capitulou ante o canto da sereia neo-liberal para ocultar o cerne do problema, que não é outro senão a má-fé do governo, que abriu mão do interesse público para beneficiar o interesse privado. Afinal tudo deve ser deixado ao sabor das ondas do mercado. Educação, Saúde, Transporte, Previdência, tudo é mercadoria e portanto deve ser tratados como tal. A questão é política, ideológica, não pedagógica. É uma questão de mercado não de soberania nacional. E para camuflar o sucateamento do setor público nada mais óbvio, joga-se a culpa na mão – de – obra. Agora, imaginemos uma empresa privada qualquer, uma montadora de automóveis, por exemplo, Ela quer oferecer um carro sofisticado, moderno, com design arrojado, mas para isso ela quer empregar apenas o talento dos seus empregados; não investe em tecnologias, não utiliza matérias-primas de qualidade, etc. Será que ela conseguirá oferecer um produto final de qualidade? Tal situação ocorre no ensino público, cobra-se competência dos professores – e modéstia à parte -, estes têm de sobra, é só ir até as milhares de salas de aula espalhadas pelo Brasil e observar suas práticas, sem que se atente para as condições físicas e materiais oferecidas ao profissional para que este exerça sua prática docente com qualidade. Aliás, fala-se muito de qualidade, mas ninguém diz com todas as letras que qualidade é esta? Qual é o referencial? Seriam as escolas particulares? Mas quais delas? Pois existem escolas particulares classe A, B, C, D e…. Z.
Mas voltando à questão das faltas dos professores. Observam-se em todas as atividades profissionais ocorrências de ausências ao trabalho. Existem ocorrências que são claramente identificadas como acidentes de trabalho, doenças profissionais, questões de insalubridade, periculosidade, etc.
Parece que na educação não existe isso, é como se a atividade do magistério fosse desempenhada por seres angelicais ou super-heróis em um mundo ideal. Situações que nas empresas particulares são caracterizadas como acidentes do trabalho ou doença profissional, no caso do magistério são consideradas pelo senso comum como indolência do professor, quando não de vagabundagem mesmo.
Professores não são pessoas comuns, trabalhando muitas vezes em situações-limite, sem quaisquer assistências ou acompanhamento adequado, porque afinal de contas para o sociedade brasileira e para os gestores da educação brasileira professores não são trabalhadores, - são “deuses”.
Outro ponto que considero crucial nesta questão é o seguinte: fala-se que os professores faltosos ganham sem trabalhar. Gostaria que a fazenda estadual enviasse cópias dos contracheques destes professores que faltam e recebem, porque até hoje o que observo é quem falta tem o dia descontado do seu salário. Inclusive as faltas passíveis de serem abonadas pela chefia, o são quando esta chefia considera que as justificativas do professor procedem, e nos casos improcedentes o professor recebe é uma Justificada ou injustificada mesmo, sendo tudo descontado do seu já minguado salário. Acho que se a imprensa quer saber quem ganha sem trabalhar deve dirigir o foco da “investigação” para outra área da vida pública.
Para finalizar seria oportuno lembrar que não se vê a mídia abordar uma questão que é central para entender o problema da educação em nosso país nos últimos anos que é a mudança de comportamento das nossas crianças, resultado das mudanças na sociedade principalmente nas famílias (?).
A criança do final do século XX e início deste não quer – e nem pode -, ser educada como foram as crianças do passado remoto ou recente. Os paradigmas são outros, as expectativas das crianças (se é que elas têm) são outras, e a dos pais dessas crianças são outros também. O Estado não sabe disso e nem quer saber, até porque, se o objetivo é reproduzir a desigualdade priorizando, valorizando e enaltecendo o privado em detrimento do público, nem se cogita dos governantes de plantão se preocupar com isto.
Para finalizar, gostaria de afirmar que a Educação pública tem qualidade sim. Os professores são realmente “deuses”, pois todos os dias nas milhares de salas de aulas do país (algumas nem deveriam ter esse nome de tão precárias que são) fazem jorrar leite da pedra,. Quer conferir, visite as escolas públicas (sem avisar), entre nas salas de aulas do nível I (1ª. A 4ª. Série), nas salas do nível II (5ª. A 8ª. Série), venha assistir uma das minhas aulas. Vocês constatarão que a realidade é bem outra, nossa escola pública tem qualidade apesar dos governantes que a vem sucateando a décadas. O problema da escola pública está no fato de que muitos dos “formuladores oficiais” de políticas educacionais, nunca foram, não são e nem nunca serão educadores no sentido pleno do termo, são apenas burocratas, quando muito – simples “pavões”, verdadeiros” saramandaias, que nunca entraram (e nem querem entrar) em uma sala de aula, e acham que qualidade do ensino se consegue com decretos, portarias, resoluções e outros dispositivos, ou o que é pior denegrindo a imagem da única categoria profissional cujo trabalho tem a capacidade de forjar o caráter de uma nação.
CARLOS AUGUSTO FERREIRA SACRAMENTO
Professor Ens.Fund. II e Médio da EMEF CEU PROF. MANOEL VIEIRA DE QUEIROZ FILHO